Seringueiros – vida e sobrevivência
A apresentação do trabalho: Seringueiros – luta e sobrevivência, refere-se à vida dos seringueiros, de onde eles partiram, porque eles foram para a Amazônia e por onde começaram o trabalho.
Os textos lidos, extraídos de “À Margem da História”, de Euclides Da Cunha nos revelam detalhes da situação, principalmente a laboral dos extrativistas de borracha no início do século XX.
A partir dos textos, percebemos as dificuldades dos seringueiros, com seu trabalho sendo pouco ou nada recompensado. Devemos considerar, ainda, que muitas das vezes o seringueiro tinham que pagar para exercer a profissão, que o escravizava. Completando o cenário, seu ofício era praticado isoladamente sem qualquer auxílio ou companhia, em isolamento.
O texto “Judas Ahsverus” ( in “À Margem da História”, Euclides da Cunha) retrata a personificação do ódio que o seringueiro tinha de sua imagem. Através do Judas, boneco artesanal, era descarregada toda a fúria que o seringueiro detinha pelo seu sacrifício nada notado ou reconhecido, a não ser por ele mesmo.
Transpondo os textos euclidianos para épocas mais recentes, temos que reconhecer a importância de Chico Mendes, um protetor da floresta e do ofício dos seringueiros , se assim podemos chamá-lo. Ele era filho de seringueiro e aprendeu a profissão observando seu pai em saídas pela mata. Defendendo uma causa nobre e que requeria muita cautela, Chico Mendes ousou desafiar madeireiros, pecuaristas, e políticos, pondo sua vida em risco. Chico defendia a exploração dos recursos florestas , mas sem que se destruísse a floresta. A visão se Chico não era aquela de “super-proteção florestal”, mas sim a utilização dos recursos naturais com manejo sustentável, inserindo o homem neste contexto e lutando pela melhoria da qualidade de vida e reconhecimento dos povos da floresta (principalmente dos seringueiros)..
O assassinato de Chico Mendes abalou o mundo e chamou a atenção de todos para a situação vivenciada pelo povo amazônico. Este “povo”, que era um dos sentidos da causa de Chico Mendes, algum tempo depois passou a ter uma nova aliada, considerada, por muitos, sucessora de Chico Mendes. Marina Silva, ex-Ministra do Meio Ambiente, perpetua a defesa dos interesses de Chico Mendes, que são os interesses da floresta, de seu povo – o que não deixa de ser de interesse de todo povo genuinamente brasileiro.
Desta forma, embora separados por quase um século, Euclides da Cunha, Chico Mendes e Marina Silva se irmanam na preocupação em dar voz à realidade do seringueiro, “um homem que trabalha para escravizar-se”.
Texto elaborado pelos alunos Emmanuel Ribeiro e Tulio Falcão, do 3º ano do Ensino Médio,
complementando a apresentação do trabalho “Seringueiros – luta e sobrevivência”, apresentado no II Seminário sobre Questões Ambientais – Verdes Caminhos de Euclides da Cunha, no Colégio Euclides da Cunha, junho de 2009.
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